Uma geração mais engajada e ativista arquiteta uma grande transformação com foco em sustentabilidade
Por Amanda Barbosa
A geração Y também conhecida como Millennials, ou seja, aqueles nascidos entre os anos de 1970 a 1995, foram inseridos na sociedade tecnológica em paralelo com aquilo que seus pais ensinavam dentro de suas próprias casas. Se formaram como cidadãos em um mundo globalizado e com valores distintos do passado. Outras filosofias de vida fazem parte da Geração Y, o que os tornaram mais conscientes. No geral, são pessoas que se importam com o ativismo social e ambiental.
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua de 2016, divulgada pelo IBGE, 116 milhões de brasileiros estão conectados à internet. Desses, 44,5%, ou seja, 51,6 milhões são da geração Millennial. O debate político se dá por jovens que cresceram com o acesso e com a lógica de interação das mídias sociais.
A rapidez com que as informações são trocadas têm os tornado uma geração de pessoas muito ansiosas, questionadoras e imediatistas.
Outro aspecto marcante são os hábitos de consumo desse grupo. O professor de comunicação e sustentabilidade da ESPM-Rio, Guilherme Costa explica que a Geração Y tem uma demanda que considera diversos fatores.
Há um interesse em entender o que se está consumindo junto com o produto ou serviço: quais ideias, posicionamentos, valores e os processos de produção.
A maioria das aquisições feitas acontece online. 74% das pessoas dessa comunidade dizem que comprar de uma loja online é mais prático do que comprar de uma pessoa real. Além de estarem sempre com os celulares em mãos e prontos para comprar com o simples premir de um botão.
Mercado de Trabalho
De acordo com a Universidade Mackenzie, quando os millenials foram introduzidos no mercado de trabalho eles chegaram causando uma enorme revolução e as empresas tiveram de se adaptar a essa nova forma de laborar, priorizando alguns pontos como: sensação de propósito e impacto social; flexibilidade em horários e espaços; igualdade e inclusão; equilíbrio de vida pessoal, bem-estar, felicidade e engajamento com as atividades diárias.
É uma geração que pôde estudar mais e ingressar no mercado de trabalho mais tarde. Alguns os consideram mimados, mas, na verdade, eles apenas não querem aceitar qualquer tipo de trabalho, explica a gerente de marketing da MindMiners, Danielle Almeida.
Renato Trindade, diretor da empresa de pesquisa da Bridge Research, destaca:
Essas pessoas são multitarefas, conseguem trabalhar olhando para o celular, por exemplo. Também são menos leais a marcas do que pessoas de outras idades.
Um estudo da MindMiners mostra que entre os Millennials que trabalham, 30% têm carteira assinada, 9% são autônomos, 4% são empregados pessoa jurídica e apenas 3% são empreendedores. Entre os que não trabalham, 29% são estudantes, 20% estão desempregados e 5% são bolsistas.
Por outro lado, se saíssem de seus empregos, a maioria deles gostaria de se tornar empreendedores, mas o que ainda dificulta é a crise econômica na qual estes mesmos indivíduos que sonham com o empreendedorismo cresceram.
O futuro incerto e a disputa com as grandes empresas é o que causa receio e o medo de arriscar aos Millennials. Já a nova geração, denominada Z, está crescendo em ambientes onde o empreendedorismo é pautado constantemente e acabará se tornando uma opção natural de quem quer seguir por essa carreira.
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